Desde passeios pelas vinhas até degustações, não esquecendo a participação nas próprias vindimas, o enoturismo tem alcançando o seu espaço no panorama turístico mundial, chegando mesmo a ser considerado uma das práticas mais trendy e aliciantes do setor entre todas as idades.

Palco de inúmeras atividades, que revolucionaram não só o setor vinícola, mas também reinventaram o próprio conceito de turismo, Portugal não deixou o enoturismo de lado, com a maioria das suas propriedades a apostar neste tipo de turismo como forma de promoverem o seu trabalho.

Fruto deste investimento, o país tem ganho destaque no cenário internacional, sendo considerado o segundo melhor país para enoturismo no mundo. Quem o diz é a Bounce, empresa associada ao depósito de bagagem, que na sua mais recente pesquisa analisou 26 países em critérios como consumo de vinho, produção, exportação, passeios ou custo médio por garrafa.

Com estes critérios em consideração, Portugal ocupou a segunda posição do ranking, já que, para além de se revelar o país que mais consome vinho no mundo, estando à frente da França e da Itália, também é aquele com o maior número de tours de vinho entre os países analisados. Estes dados refletem-se em 5,531 tours de vinho por 100 mil habitantes, graças a fatores como a Região Vinhateira do Alto Douro e a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico serem classificadas como Património Mundial da UNESCO, o que confere alta atração turística ao país.

Já no que diz respeito à produção de vinho, estima-se que os portugueses produzam cerca de 62 milhões de hectolitros por 100 mil habitantes, posicionando-se acima de países como o Chile, a Grécia, a Argentina ou a Austrália.

Estes dados, conjugados com a história do país, néctares emblemáticos como o vinho do Porto e o vinho de Colares, e paisagens de tirar a respiração, colocam Portugal num espaço de destaque entre o enoturismo mundial, totalizando 7,88 pontos em 10. Efetivamente, não é ao acaso que Monsaraz, situado na região do Alentejo, foi o local escolhido para receber a 5ª Conferência Mundial de Enoturismo em 2021.

Douro | Viva o Vinho

E os restantes países?

Tabela dos 10 melhores países para os amantes de vinho visitarem (Fonte: Bounce)

Ainda que ocupe uma das posições mais notáveis no ranking, Portugal não é o único país com uma forte cultura vinícola, sendo diversos os locais pelos quatro cantos do mundo a assegurar a sua posição neste mercado em crescimento.

Entre eles há um claro destaque para a Itália, um dos grandes palcos dos melhores e mais emblemáticos vinhos do mundo, desde Piemonte até Toscana. Com uma classificação de 8,28 em 10, este país destaca-se dos demais pelas suas 400 castas nativas e pela sua produção de 82 milhões de hectolitros por 100 mil habitantes.

Já quando ouvimos falar de castas como Tempranillo ou Crianza, lembramo-nos imediatamente dos vinhos espanhóis. Por isso mesmo, a Espanha ocupa o terceiro lugar da lista, distinguindo-se essencialmente pelos seus cerca de 968 mil hectares de vinha.

Com este top 3 liderado por países europeus, não podíamos deixar de mencionar os países da América Latina presentes no ranking e tão característicos pelos seus vinhos de qualidade. De um lado temos o Chile na 7ª posição, com uma produção média de 57 milhões de hectolitros por 100 mil habitantes, e 1,193 tours de vinho por 100 mil habitantes. Por outro lado, encontramos a Argentina na 8ª posição, com uma produção que ronda os 26 milhões de hectolitros por 100 mil habitantes e cerca de 436 tours de vinho por 100 mil habitantes.

De mencionar igualmente a Nova Zelândia e a Austrália que, do outro lado do oceano, também garantem o prestígio das suas produções. Representando uma produção média de 60 e 48 milhões de hectolitros por 100 mil habitantes, respetivamente, aqui vai poder encontrar não só vinhos únicos, mas também roteiros bem interessantes.

Com tanto potencial, algo em comum entre todos estes países é a sua grande oferta de enoturismo. Se ficou curioso, conheça mais sobre esta pesquisa aqui.

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